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Será que a pandemia pode salvar o planeta?
Pode, e, com toda a certeza que o tempo dirá, esta crise de saúde pública sem precedentes pode ter sido o último reduto para a mudança necessária na administração da agenda sustentável, fundamental à manutenção do planeta.
Numa primeira leitura, a COVID-19 parece ser uma ameaça ao ambiente. Em grande parte, a preocupação de qualquer governo, nos dias que correm, é a crise de saúde publica, sobrando pouco espaço para lidar com questões ambientais. Os media estão pouco ou nada permeáveis a relatarem os fenómenos “Gretta” já que as agendas mediáticas estão demasiadamente ocupadas a relatar a progressão dos casos de infeção. Nas populações, reina a confusão, o medo e o descrédito nas instituições globais que, medida após medida, se foram contradizendo ou cedendo a pressões de interesses particulares vigentes. Por outro lado, assistimos ao aumento de consumo de materiais não recicláveis, nomeadamente luvas e outros consumíveis médicos. E, nem mesmo a imposição de confinamento, vigente na maioria dos países ocidentais, que congelou as economias, fazendo diminuir a pressão no turismo e descer para níveis sem precedentes o tráfego aéreo, teve resultados muito eficazes, com a redução de 17% no total das emissões de carbono. Relembrando que, para evitar degelos, o desaparecimento dos recifes de coral e prevenir a subida do nível das águas, as emissões de carbono teriam de diminuir, de acordo com a comunidade científica, 45% até 2030, estes números continuam pouco animadores.
Mas, pode haver uma outra dimensão, para além daquela que os números nos querem fazer querer. A pandemia impôs a mudança brusca, forçando todos os sectores de actividade a reinventarem-se, sem excepção. O Zoom, o álcool gel e os acrílicos encerram em si novas necessidades, novas formas de viver, de trabalhar, e um apelo à redefinição da comunidade e à vivência das nossas relações.
Por outro lado, as cadeias de valor e de produção das organizações estão a ser seriamente impactadas pela crise. Os líderes das empresas perceberam que podemos estar demasiadamente dependentes de clusters asiáticos (ou outros) e que, como aconteceu nos primeiros meses do ano, se essas economias param, toda a sua capacidade produtiva está em risco. Os consumidores, e as populações, vão exigir maior transparência na cadeia de produção e maior cuidado na avaliação de risco. As empresas, por seu lado, terão de responder, incorporando tecnologia e priorizando as suas relações à luz do novo binómio custo/risco. Nesta reavaliação, novos ponderadores de caracter sustentável vão necessariamente surgir.
Porventura o mais interessante dos aspetos deste treino que nos é imposto, é o facto de estarmos todos a experienciar alterações parciais de comportamentos, que podem ter um efeito paliativo, mas não resolvem a situação. Percebemos que usar máscara, desinfectar mãos e evitar contactos sociais contribui para a diminuição dos casos de infecção, mas também sabemos que não constituem resolução cabal para a pandemia. Com efeito, é preciso ir mais longe e inovar através da criação e distribuição rápida de uma vacina.
Também nas alterações climáticas, as mudanças incrementais são de salutar, mas não vão determinar a inversão da tendência vertiginosa da destruição do planeta. Já vimos que a redução do número de carros e aviões pode diminuir as emissões de dióxido de carbono, mas não vai resolver cabalmente o problema. Será preciso ir mais longe e inovar!
E se os agentes privados podem ter um papel fundamental neste processo, são igualmente determinantes as políticas e os incentivos públicos para evitar a inércia característica do processo.
Estamos chegados a uma verdadeira era de colaboração. Quase como que por metáfora, a tão desejada vacina é conseguida num tempo record, porque os diferentes laboratórios juntaram esforços e uniram-se no propósito comum. A colaboração acontece num ecossistema, numa comunidade de relações privilegiadas. A colaboração exige que cada actor possa fazer o seu melhor, num ambiente globalmente conectado.
A pandemia inspira, assim, novos níveis de colaboração e cooperação para lidar com problemas globais. A Covid-19 pode estar a ensinar cada país a agir no seu melhor interesse, assumindo que é parte de um todo e que, portanto, só incorporando as necessidades do planeta poderá ter sucesso no seu próprio desenvolvimento. É o começo de uma nova era em que assimilamos o conhecimento filosófico: “o todo é maior do que a soma das partes”.
Está-nos a ser pedida uma melhor versão de cada agente social e económico, e, para tal, é preciso que nos libertemos do que é tóxico. Ninguém quer voltar ao normal, porque o normal era o problema!
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Fotografia ©
Margot RICHARD
Alessandro Bianchi
Artigo de Rita Romão
Independent Consultant and Business Advisory
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